“Mas não escolhemos isso para provar um ponto de vista. Estamos aqui porque queremos estar aqui”, diz Alva-Li. “E porque é um trabalho divertido.”

O setor florestal sempre foi dominado por homens, mas a mudança está acontecendo - embora lentamente. Para qualquer pessoa que já tenha operado uma máquina florestal, é fácil entender o apelo: o desafio, a natureza, a tecnologia e a conexão direta entre a máquina e a floresta. Todo dia traz algo novo. Ida descreve isso como uma sensação de liberdade:
“Sentar na cabine pela manhã, ver o sol nascer primeiro para mim e depois sobre a cidade... é uma sensação incrível.”

“Você pode pensar que todos os dias são iguais - que você está apenas colhendo ou transportando - mas, na realidade, todos os dias são diferentes. Há novos desafios: uma ponte que precisa ser construída, uma área densa, algo que simplesmente desafiador.”

Escolher esse caminho não foi uma decisão óbvia para todos. Alva-Li começou o programa porque não queria uma educação puramente acadêmica, e o primeiro período foi difícil. Mas e agora? “Isso mudou completamente depois de um estágio que fiz. Agora estou realmente gostando.”

Eles falam sobre a liberdade no trabalho e a sensação de fazer parte de algo maior. Ida descreve o trabalho como parte do ciclo florestal, no qual o que ela faz desempenha um papel importante.
“É uma pena que poucas pessoas saibam o que realmente fazemos, que é aqui, na cabine, que começa a jornada de processamento da madeira. As pessoas não dão valor à silvicultura e aos produtos de árvores e não pensam no trabalho que é necessário para isso.”

Nada de especial, mas importante
Quando falamos sobre igualdade de gênero no setor, as meninas concordam: não é algo em que elas pensem ativamente. Nenhuma delas vê como algo importante o fato de ser uma mulher no setor florestal.
“Não nos inscrevemos no programa por sermos meninas”, diz Alva-Li. “Operamos harvesters e forwarders, como todo mundo”, acrescenta Ida.

Ao mesmo tempo, elas estão cientes de que suas escolhas são importantes, principalmente para as gerações futuras.
“Não nos consideramos um modelo a ser seguido, mas talvez possamos inspirar alguém a fazer diferente”, diz Ida.

Sua professora, Hanna Augustsson, também vê como isso faz diferença. Ela mesma passou pelo programa e trabalhou no setor por vários anos antes de se tornar professora.
“É importante ter instrutoras mulheres também. E para mostrar que esse trabalho não tem nada a ver com gênero. Além disso, as meninas geralmente são mais calmas e metódicas.”

O Futuro
Muitos alunos da turma se veem trabalhando na floresta no futuro. Ida sonha em montar sua própria equipe de máquinas, e Alva-Li também se vê em um táxi no futuro, mas está aberta a diferentes caminhos profissionais.
E para as meninas mais jovens que estão pensando em fazer a mesma escolha, elas têm uma mensagem simples:
“Se for algo pelo qual você tem paixão, vá em frente”, diz Alva-Li.

E é exatamente isso que elas estão fazendo.

Veja Alva-Li e Ida operando as máquinas no curso de operadora florestal.